segunda-feira, 20 de outubro de 2008


Um dia, alguém colocou um galho cheio de espinhos no meu caminho.

Sofri, machuquei-me, perdi a auto-estima.

Foi impossível evitar as feridas.

Plantei esse galho no meu jardim interior.

O galho murchou e à sua volta, muito capim, muita erva daninha.

Mas os espinhos, vivos permaneceram.

Continuaram ferindo-me a alma.

Muitos anos depois, o galho brotou mostrando que não morreram e vieram folhas.

E quantas rosas vieram alegrar o meu jardim!

Fiz questão de escolher o mais belo dos botões para retribuir o presente do galho cheio de espinhos.

Enviei junto o melhor dos meus sorrisos.

Meu jardim interior não deixará de florir.

O sofrimento maltrata, mas, hoje, cultivo flores.

Tento esquecer as cicatrizes que os espinhos deixaram para quando eu olhá-las, lembrar que já não doem mais.

Hoje encaro a dor como trampolim para a FELICIDADE.

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